terça-feira, 3 de agosto de 2010

DEVEMOS TREINAR QUANDO ESTAMOS DOENTES?

O famoso “na saúde e na doença”, tão repetido por milhares de pessoas diante do altar, também tem sua versão nas academias. Fiéis, alguns amantes da malhação não abrem mão de praticar atividades físicas todos os dias – mesmo que isso signifique ter de se exercitar doentes ou indispostos.

Ficar em casa repousando ou encarar a academia? Segundo o médico especialista em medicina esportiva Marcus Montenegro, o treino está liberado apenas para pessoas resfriadas. Entretanto, cuidados como diminuir a intensidade e a duração dos exercícios e não esquecer de ingerir bastante líquido antes, durante e depois das atividades são indispensáveis para que o quadro não piore. Mas se o que ela tem é gripe, o conselho é não arriscar.

– O ideal é não malhar, mas descansar e procurar um médico – aconselha Montenegro.

A primeira providência antes de tomar a decisão é entender a diferença entre resfriado e gripe: no resfriado, os sintomas são coriza nos primeiros dias, obstrução do nariz, garganta inflamada, voz anasalada, dor de cabeça e dores pelo corpo. O vírus da gripe é mais agressivo, infectando nariz, seios nasais, garganta e pulmões e causando febre, dor de cabeça e muscular, garganta inflamada, nariz entupido e tosse seca.

O professor de educação física e especialista em fisiologia do exercício Sebastião Chaves de Oliveira explica que o organismo de uma pessoa doente e que pratica exercícios é como um campo de batalha, em que o corpo fica dividido entre mandar energia para dar conta do esforço físico e tentar se curar do vírus.

– Se você faz a atividade física, dependendo da intensidade, vai ter um gasto energético deslocado – diz.

A recomendação, segundo o professor, é praticar caminhadas leves, descansar e cuidar da alimentação até estar completamente curado. Na volta aos aparelhos, a rotina deve ser readaptada.

– A pessoa perderá um pouco de força, de massa muscular e de músculos com a doença. Então, ela não poderá voltar a treinar com a mesma intensidade de antes – explica.

Cuidados básicos

> A intensidade dos exercícios deve ser mais leve que a de costume. Caso os sintomas piorem, os treinos devem ser suspensos até que você se sinta completamente curado.

> Nunca pratique atividades físicas de alta intensidade.

> Se estiver com sintomas de resfriado, opte por exercícios em ritmo moderado. No caso de gripe, o melhor é descansar em casa.

> Troque as atividades aeróbicas, como bicicleta e esteira ergométricas, pela musculação, que desidrata menos o corpo.

> Agasalhe-se para evitar o frio até a academia e não fique próximo aos ventiladores.

> Procure não permanecer tão perto das outras pessoas, para diminuir o risco de contágio nos três primeiros dias.



Fonte: Zero Hora

REPRODUÇÃO ASSISTIDA AUMENTA COM NOVAS TÉCNICAS

Evolução da gravidez

De 219 mil a 246 mil bebês nascem a cada ano no mundo graças ao desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida, segundo um estudo internacional publicado no periódico científico Human Reproduction.

A pesquisa indica um grande aumento no número de procedimentos do tipo: mais de 25% em apenas dois anos, de 2000 a 2002. Os pesquisadores usaram dados de 1.563 clínicas em 53 países, mas ressaltam a insuficiência de dados em partes da Ásia, África e Oceania. "Este é o oitavo relatório produzido pelo Icmart desde 1989. Trata-se de um relatório muito importante, pois ele, ainda que imperfeito, fornece dados capazes de auxiliar em debates e tomadas de decisão em temas como a disponibilidade, benefícios e riscos dessa cada vez mais importante prática médica. O relatório permite que comparemos países e regiões e que façamos análises a partir da comparação com relatórios anteriores", disse o professor Jacques de Mouzon, do Instituto Nacional de Saúde e da Pesquisa Médica (Inserm), na França.

Injeção espermática citoplasmática

Mouzon destaca o crescente aumento no número de nascimentos a partir de técnicas como a injeção espermática citoplasmática, que tem crescido mais do que a fertilização in vitro. "Entretanto, há muitas variações entre os países em relação à disponibilidade e à qualidade das técnicas de reprodução assistida", ressaltou. "Há muitos motivos para isso, como diferenças nas taxas de fertilidade, nas idades das mulheres, na cobertura de saúde e na economia do país. Mas o mais importante é certamente a disparidade no acesso aos sistemas de saúde e às tecnologias de reprodução assistida. No oeste da Europa, por exemplo, essas condições se mostram bem mais favoráveis do que nos países em desenvolvimento", disse.

Tratamentos mais agressivos

Segundo Mouzon, isso levanta a questão de se desenvolver técnicas de baixo custo para aplicação em países mais pobres, que permitam um maior acesso por parte da população interessada. "Nos países em desenvolvimento, o tratamento é muitas vezes mais agressivo, podendo levar a nascimentos múltiplos e a problemas como síndrome da hiperestimulação ovariana ou a necessidade de reduções fetais", disse.

Fonte: Diário da Saúde

MULHERES QUE CORREM

Além de garantir uma silhueta sequinha e definida, a atividade combate a TPM e a depressão e ainda ajuda você a superar limites

O que fazer antes de começar a correr

Check-up
Antes de sair correndo por aí, é preciso avaliar a sua saúde com médicos especializados. "É fundamental fazer um check-up clínico, ortopédico, oftalmológico e até dentário, pois a presença de placa bacteriana, por exemplo, é capaz de afetar o rendimento", afirma o treinador Wanderlei de Oliveira, da assessoria esportiva Run For Life e diretor da Federação Paulista de Atletismo, em São Paulo.
Outros exames indispensáveis são avaliação física com eletrocardiograma de esforço, teste de capacidade aeróbica e de biomecânica, realizado em esteira para analisar o tipo de pisada.

Aquecimento
É importantíssimo aquecer o corpo antes de começar a atividade. Faz parte desse ritual o alongamento, especialmente dos membros inferiores, o trote leve e os exercícios de amplitude, como passadas mais largas em um percurso plano e reto.
Isso tudo deve ser feito de forma lenta e gradual para aumentar aos poucos a temperatura do organismo sem causar fadiga nem reduzir as reservas de energia. "De quebra, você ainda diminui os riscos de lesão e se prepara psicologicamente para todo o esforço que está por vir", completa o Wanderlei de Oliveira.

Os mitos sobre a corrida

Envelhece
A dermatologista Andréia Mateus, coordenadora do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no Rio de Janeiro, esclarece: "Apenas o excesso de treino causa o que chamamos de lipodistrofia facial, que deixa o rosto flácido, alongado e abatido devido ao aumento da produção de radicais livres e à redução da gordura".

Causa celulite
Pelo contrário. "A prática combate o aspecto de casca de laranja no bumbum e nas coxas, especialmente se for causado por problemas circulatórios, já que ativa de maneira intensa o fluxo sanguíneo e linfático", diz Andréia.

Dá varizes
Também não. Aliás, a melhora do retorno venoso ajuda a prevenir varizes. E mais: quem já tem o problema também está liberada para correr, sempre sob supervisão médica.

Faz mal ao joelho e à coluna
De acordo com o fisioterapeuta e osteopata Fábio Antonucci, da Academia Rio Sport, no Rio de Janeiro, o exercício só oferece perigo se for praticado sem orientação adequada, com tênis errado ou desgastado demais ou se a pessoa estiver muito acima do peso e apresentar problemas ósseos ou articulares. Recomenda-se que além da corrida, a pessoa pratique alguma atividade de fortalecimento muscular, como a musculação.

Os benefícios da corrida para a saúde

É uma atividade completa;

Correr melhora a respiração, a circulação, tonifica os músculos, evita a perda óssea e fortalece o coração.

Aumenta a disposição e reduz a TPM
Recentemente descobriu-se que, além de endorfina, o cérebro libera outras substâncias capazes de gerar aquela sensação gostosa depois da corrida. "Esse bem-estar reduz o impacto das atividades do cotidiano sobre o organismo e ameniza os sintomas da TPM", afirma o fisiologista Luiz Augusto Riani, da Academia Bio Ritmo, em São Paulo.

Combate a depressão
Estudos feitos com pessoas que tomavam remédio e com outras que corriam cinco vezes por semana concluíram que os corredores tinham uma recuperação mais rápida e se sentiam dispostos, com mais energia. "Esse bem-estar e a queima de gordura persistem por algumas horas depois do treino", garante Luiz Augusto.

A roupa ideal para correr
Boné
Fique com os modelos de aba longa, de tecido com filtro solar.

Óculos de sol
Escolha armações leves que ficam coladas ao rosto.

Top
O modelo ideal é cavado nas costas, para dar liberdade aos braços, e oferece boa sustentação aos seios.

Short
Prefira os modelos com abertura lateral, para não dificultar o movimento das pernas.

Tênis
Precisa ter um bom amortecedor. O impacto do peso corporal nas articulações é triplicado na reta e quadruplicado na descida. Confira também se o modelo é adequado ao seu tipo de pisada, para não prejudicar o alinhamento dos joelhos e da coluna, e se ele tem uma folga entre o bico e o seu dedão. Caso contrário, você pode ganhar bolhas e calos ou até perder unhas.

Meias
As próprias para corrida absorvem rapidamente o suor e oferecem proteção extra nos pontos de maior atrito.

Fonte: M de Mulher



RECUPERE A FORMA FÍSICA!

Alimentação adequada e exercícios físicos moderados fazem a mãe recuperar a forma física mais rapidamente

Perder peso e voltar à antiga forma depois de dar à luz é bem menos complicado do que parece. Embora seja uma fase difícil, especialmente para as mães de primeira viagem, é possível sim dar conta da maternidade sem se esquecer de si mesma. Passadas as primeiras semanas, e com o consentimento do médico, a mulher já pode retomar a maior parte de suas atividades.
Segundo o ginecologista e obstetra Maurício Simões Abrão, professor da Universidade de São Paulo (USP), nos primeiros sete dias após o nascimento do bebê, a ordem geral é repousar, principalmente para as que se submeteram a uma cesareana. A partir daí, a mulher pode se movimentar no ambiente doméstico. "Após esse período, a mãe já pode voltar a dirigir e fazer caminhadas mais leves."
Atividades físicas normais só são liberadas depois de 30 (parto normal) ou 40 dias (cesárea). No entanto, o médico adverte que os exercícios devem ser realizados com muita cautela, uma vez que práticas aeróbicas intensas podem diminuir a produção de leite.
Do ponto de vista físico, a recuperação é mais lenta nos casos de cesárea. "Logo nos primeiros dias, as mulheres que tiveram um parto normal com episiotomia (cortes no períneo para facilitar a expulsão do bebê) têm uma sensibilidade maior nessa região, o que dura apenas alguns dias; já na cesareana, a sensibilidade na região do corte e as dores abdominais persistem por mais tempo", informa Abrão.
Geralmente, os pontos que são dados na episiotomia são absorvíveis, isto é, não necessitam que sejam retirados, e os cuidados locais são realizados com antissépticos. No caso de haver dor, o médico indica a aplicação de gelo ou analgésicos locais. Caso os pontos da cesárea não sejam absorvíveis, são retirados de sete a dez dias após o procedimento. Nos primeiros três a quatro dias, evita-se molhar a cicatriz e usa-se apenas antissépticos locais.
A coordenadora de natação da academia Competition, Alessandra Toassa, indica exercícios físicos mais comedidos para as mulheres que deram à luz, como a hidroginástica, que é uma prática sem impactos. Caminhadas e alongamento também são recomendados. "Mesmo quem tem uma condição física melhor necessita retomar as atividades com bastante cuidado, de forma moderada, pois o corpo ainda está sob o efeito de hormônios. Há uma maior frouxidão nos ligamentos e uma perda de força muscular", adverte. Por outro lado, Alessandra destaca que os exercícios físicos são muito importantes, pois auxiliam na prevenção da depressão pós-parto, além de melhorarem a autoestima e o bem-estar da mãe.
A assessora de imprensa Ines Gianni, de 36 anos, mãe de Valentina, de 1 ano e 5 meses, arrepende-se de ter retomado os exercícios físicos há apenas dois meses. "Como não tenho babá e trabalho em casa, fico muito envolvida com minha filha e isso fez com que me acomodasse um pouco." Voltou a correr, atividade que praticava antes de engravidar, durante uma hora por dia. "Já estava com meu peso normal, mas, com a atividade física, perdi medidas e melhorei meu condicionamento, o que é essencial, pois minha filha tem muita energia. Além da melhora na estética e saúde, enquanto corro, coloco as idéias em ordem, sinto que estou fazendo algo por mim, o que é muito saudável."
A psiquiatra Luciana Porto Cavalcante da Nóbrega, também de 36 anos, mãe de Sofia, de 1 ano e 7 meses, e de Otávio, de 3 meses, recorreu, após o primeiro parto, a exercícios em casa, com o auxílio do livro Em Forma com seu Bebê, de Mirian Clark, da Panda Books - que indica práticas para se fazer no ambiente doméstico, com uso de objetos do dia a dia, como cadeira de amamentação, pacote de fraldas, etc. No entanto, quando Sofia fez cinco meses, Luciana engravidou novamente e acabou interrompendo o programa. Hoje, três meses após o nascimento do segundo bebê e faltando apenas um quilo para voltar ao seu peso ideal, já retomou os exercícios em casa, seguindo o mesmo livro. "Gostei da proposta, porque você faz exercícios sem precisar sair e pode parar para atender o bebê, retomando-os depois."

MUITA ÁGUA
Quanto à alimentação, não convém, enquanto a mãe está amamentando, abolir o consumo de carboidratos, pois isso restringe a produção de leite. "É importante manter uma alimentação saudável, composta de frutas e vegetais, para fornecer vitaminas, minerais, fibras e água ao organismo", diz a nutricionista Beatriz Botequio. São recomendados carnes e laticínios magros, carboidratos na versão integral, gorduras saudáveis (azeite e castanhas) e muita água, pois nesse período a sede aumenta. O ideal é a mãe tomar dois copos de água enquanto amamenta seu bebê. A especialista recomenda que se evite a ingestão de álcool, que altera o odor e o sabor do leite materno, e aconselha o consumo de peixe três vezes por semana.
É interessante saber que, se a mãe retorna aos exercícios físicos nesse período, cada vez que ela se exercitar, deve esperar uma hora para amamentar, segundo Eneida Bittar, enfermeira, consultora e educadora em aleitamento materno pela Universidade de Los Angeles, na Califórnia. Isso porque o ácido lático, liberado durante a prática, altera o sabor do leite, que fica mais ácido. Além disso, a mulher deve seguir a orientação nutricional acima, uma vez que perde, diariamente, de 500 a 700 calorias, devido à produção do leite.
Na maternidade, as enfermeiras costumam ensinar as mães a amamentar e a dar banho no bebê. "Hoje, costuma-se colocar o bebê para mamar no peito da mãe logo nas primeiras horas de vida. Isso faz o organismo da mãe liberar a ocitocina, hormônio que auxilia a ejeção do leite", explica Eneida. A especialista adverte que visitas em demasia na maternidade dificultam o aprendizado da amamentação.
É normal a mãe sentir um certo desconforto nas primeira mamadas, mas, se houver dor, deve pedir orientação aos profissionais, ainda na maternidade. Vale lembrar que, entre 48 e 72 horas após o nascimento do bebê, há a chamada apojadura, um processo de endurecimento da mama, que fica mais quente e sensível à dor, sendo preparada para a drenagem do leite em volume maior. Como forma de aliviar a dor, deve-se massagear os seios em movimentos circulares várias vezes ao dia.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

OS SETE PRINCIPAIS ERROS NA CORRIDA

Mantenha-se atento nas corridas, é muito importante manter uma postura adequada e utilizar a ténica correta, para evitar lesões e atingir mais rapidamente sua meta.

PRINCIPAIS ERROS:
1. Pisar primeiro com as pontas dos pés.
Nos seus passos, o calcanhar deve ser a primeira parte do pé a tocar o chão. Isso gera um movimento cíclico, igual ao de um skatista quando vai tomar impulso. É melhor para o desempenho e diminui o impacto com o chão, protegendo suas articulações.

2. Aumentar o ritmo e a respiração na mesma intensidade.
A respiração deve ser mais tranquila do que a movimentação das pernas e braços, e pode ser feita pela boca ou pelo nariz, desde que seja confortável. Mantendo a calma nas trocas gasosas, você garante mais fôlego para chegar ao fim do exercício com menos desgaste.

3. Correr segurando na barra.
Fora o incômodo, correr com as mãos na barra pode até machucar os punhos, que seguram parte do impacto do corpo. Você também deixa de treinar o equilíbrio e diminui a exigência de coordenação motora. Os braços devem estar em um ângulo que pode ser de 75 a 90 graus, para evitar o inchaço das mãos.

4. Aumentar a velocidade e dar passos muito largos, quase saltos.
Além de prejudicar o exercício (você pula em vez de correr, diminuindo o trajeto efetivamente percorrido), há aumento no impacto sobre as articulações a cada vez que você aterrissa na esteira, favorecendo as chances de uma lesão nos joelhos e nos calcanhares.

5. Correr com o tronco ligeiramente inclinado para frente.
Apesar de facilitar os movimentos, esta inclinação só deve ser mantida quando você sobe uma ladeira. No piso plano e na descida, esta postura sobrecarrega a coluna e causa desvios de postura, além de dores nas costas.

6. Correr na esteira sem beber água.
Muita gente achaque só precisa de água quem corre na rua. Nada disso, a hidratação ajuda no rendimento do exercício, desde que você tome quantidades moderadas com intervalos de 15 a 20 minutos.

7. Relaxar o abdômen.
O abdômen deve permanecer contraído o tempo todo para proteger a coluna de sobrecarga. No começo, pode parecer difícil, mas insista. Com um mês de treino, você vai transformar a contração num movimento automático.

HIDRATAÇÃO É FUNDAMENTAL

Quando praticamos atividades físicas, sempre temos que tomar alguns cuidados e a hidratação é um deles. Uma justificativa bem clara para esse cuidado é que nosso corpo é constituído em média de 60% de água - mais da metade do peso corporal.

Desta forma, podemos dizer que a água é importante para o bom funcionamento do nosso corpo e indispensável para a vida.

Durante a prática de exercícios, em média o corpo perde de um a dois litros de água por hora de atividade, e essa perda normalmente acontece pela transpiração e pela respiração. Portanto, é importante que o atleta beba água antes, durante e depois da prática esportiva.

Existem vários fatores que provocam a perda de água durante a prática esportiva. A temperatura climática, por exemplo, é um fator que tem que ser levado sempre em consideração, pois interfere diretamente na hidratação do atleta. Os corredores sabem muito bem o que é isso porque estão sempre expostos ao sol, vento, chuva e a grandes mudanças de temperaturas.

Em ambiente quente e seco, a preocupação com a hidratação tem que ser maior. Mas isso não quer dizer que em ambiente frio ou úmido a mesma não seja importante.

Sendo assim, vários são os benefícios da hidratação para o corpo e também para o desempenho do atleta, entre eles:

- contribuir no aumento do fluxo sanguíneo;

- controlar a temperatura corporal;

- retardar o desenvolvimento da desidratação;

- evitar o aumento de batimentos cardíacos;

- aumentar o retorno venoso;

- retardar a fadiga;

- ajudar na eliminação de toxinas;

- proporcionar bons sonos;

- estimular o apetite;

Mas, quando falamos em exercícios de mais de uma hora de duração, outra preocupação aparece. A perda de eletrólitos, principalmente sódio e cloro (através do suor), começa a ser um motivo de diminuição do rendimento. Portanto, a ingestão de bebidas isotônicas é necessária para repor os sais e retardar o aparecimento da fadiga.
Uma alternativa de bebida isotônica, ou bebida esportiva, é o soro caseiro, o qual tem o mesmo efeito e ainda é muito mais acessível, só não tem o mesmo gosto que os vendidos no mercado. Ele é composto de água, eletrólitos e também carboidrato, que, nessa situação, ajuda na reposição energética.
Outra sugestão de bebida isotônica é a água de coco, essa é ainda mais saudável, pois é natural. Ela, além dos eletrólitos e carboidratos, é rica em vitaminas, fibras, proteínas e também de fácil absorção.
Sabendo dos valores e da importância da hidratação para o corpo e para a prática esportiva, não podemos mais deixar que nenhum sintoma de desidratação apareça, como: sede (o mais comum), fadiga e dor de cabeça leve. Em situações de maior desidratação: náuseas, calafrios, batimento cardíaco acelerado e inabilidade de suor.
Então, vai uma dica de como se hidratar durante os exercícios: duas horas antes dos exercícios, beba pelo menos 500 ml de água; durante a prática, beba em média 300 ml de água a cada 20 minutos; caso dure mais de uma hora, bebida isotônica vai ser fundamental e, logo após o fim dos exercícios, beba o suficiente para matar sua sede e desejo.

Fonte: JC Online

EXERCÍCIO FÍSICO DEIXA COLESTEROL MENOS NOCIVO

Estudo realizado por pesquisadores do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo comprovou que praticar exercícios físicos regularmente modifica a estrutura do LDL (colesterol "ruim"), tornando-o menos nocivo, mesmo que não haja redução nos níveis medidos. Os dados foram apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia, realizado na Espanha.
O estudo acompanhou 40 pessoas sedentárias - 30 eram portadoras de síndrome metabólica (conjunto de fatores, como alterações nas taxas de colesterol e aumento da gordura visceral, que elevam o risco de doença cardiovascular).
Os outros dez serviram como grupo controle. Dos pacientes com a síndrome, 20 foram submetidos a três sessões semanais de exercícios na bicicleta ergométrica, durante 45 minutos, ao longo de três meses. Os demais foram acompanhados.
O objetivo era verificar a mudança nas propriedades funcionais das moléculas de LDL depois da prática de exercícios.
Para isso, os cientistas avaliaram as características do HDL (colesterol "bom") e a resistência à oxidação do LDL (colesterol "ruim"). A oxidação é o início da inflamação que leva ao acúmulo de colesterol no sangue e à formação de placas de gordura nas paredes dos vasos.
Os pesquisadores constataram que os níveis de colesterol total, LDL e HDL não mudaram após o treinamento. No entanto, as taxas de triglicerídeos caíram e a resistência à oxidação do LDL aumentou.
As moléculas de LDL também ficaram maiores e menos densas, o que significa que elas perdem a capacidade de se depositar na parede dos vasos.
"Observamos que, desde o início, o exercício modifica as composições e as características funcionais das partículas de HDL e LDL. Isso reforça o conselho aos que fazem exercícios e não apresentam de imediato alterações importantes nas concentrações dessas partículas", explica o cardiologista Antonio Casella, líder do estudo.
"Há um benefício invisível", diz o cardiologista Fernando Cesena, co-autor do estudo.

Antioxidante
O fato de que a prática de exercícios físicos diminui o risco de doenças é conhecido há bastante tempo. O que esse estudo fez foi mostrar de que maneira o exercício age nas moléculas de colesterol.
"Esse trabalho é mais uma prova de que o exercício funciona como antioxidante, deixando as moléculas do LDL menos tóxicas. O exercício físico proporciona o mesmo benefício de beber uma taça de vinho diariamente", avalia o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Dante Pazzanese.
De acordo com Sampaio, o fato de os níveis de colesterol total não terem reduzido não atrapalha o benefício proporcionado pelos exercícios. "É possível dificultar o processo de oxidação sem reduzir quantitativamente os níveis de colesterol. Os exercícios alteram a qualidade dessas moléculas."
Só recentemente pesquisadores começaram a desconfiar que os riscos ao coração não tinham relação apenas com o número absoluto da quantidade de moléculas em circulação. Isso porque eles observavam que muitos pacientes infartados chegavam ao hospital com altas taxas de HDL , conhecido por seu efeito protetor.
Daí que alguns estudos começaram a mostrar que há vários subtipos de LDL e de HDL, de acordo com o tamanho e a densidade das partículas. No caso do LDL, as menores e mais densas são mais aterogênicas porque, entre outros motivos, penetram na parede dos vasos com mais facilidade e são mais suscetíveis à oxidação.
Baseadas nesse tipo de descoberta, algumas pesquisas já sugerem que a densidade das partículas de LDL, e não a mudança nos níveis sanguíneos, é um melhor marcador dos riscos cardiovasculares.

Fonte: Folha Online