sexta-feira, 30 de julho de 2010

CRIANÇAS OBESAS JÁ APRESENTAM SINAIS DE CARDIOPATIA

Que a obesidade é um fator de risco para diversas doenças e distúrbios, isso já se sabe. A novidade é um estudo americano que revela que as crianças obesas apresentam, antes dos cinco anos, sinais de que terão problemas cardíacos no futuro. A pesquisa foi realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Carolina do Norte.
Para o estudo, foram analisadas 16.000 crianças e adolescentes entre 1 e 17 anos. Desse total, cerca de 70% estavam dentro do peso, 15% estavam acima, 11% eram obesos e 3,5% eram muito obesos.
Durante a pesquisa, os cientistas descobriram que a maioria dos obesos apresentava níveis elevados de um marcador de atividade inflamatória - conhecido como proteína C-reativa (PCR) - que pode antever o surgimento de uma doença cardíaca.
Entre os obesos com idade de 3 a 5 anos, o índice de PCR era substancialmente maior quando comparado a 17% das crianças que estava dentro do peso. Nas outras faixas etárias, a taxa da proteína na categoria dos muito obesos era ainda maior. De acordo com os coordenadores da pesquisa, o resultado surpreendeu. "Estamos vendo mais cedo do que esperávamos a relação entre o peso e o alto nível de marcadores de atividade inflamatória", afirmou Asheley Cockrell Skinner, professora assistente da Escola de Medicina.
Eliana Perrin, co-autora do estudo, ressalta que outras pesquisas ainda são necessárias, mas garante que os resultados preocupam. "Neste estudo, não podemos identificar quem veio antes, a PCR ou a obesidade. Uma das teorias é que a obesidade leva à inflamação, que leva mais tarde a doenças cardiovasculares", disse. "O que nosso estudo aponta é que as crianças obesas apresentam mais PCR do que aquelas dentro do peso, e isso é preocupante", adicionou.
A proteína C reativa, encontrada no sangue, é um marcador de atividade inflamatória. Como muitas doenças cardiovasculares são causadas por inflamações na parede das artérias, a PCR é vista como um sinalizador de doenças do coração. Nos adultos, estudos associam o alto nível da proteína com riscos futuros de doenças cardíacas.

Fonte: Portal da EF

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